domingo, 16 de maio de 2010

Waterworld do Lavrado


Não. Não tô falando daquele filme com Kevin Costner que é ambientado num mundo submerso e tal.
Boa Vista desde quinta-feira (13) virou um verdadeiro piscinão.

Quem mora no Centro não sofreu tanto. Mas as redondezas do Centro já mostravam alagmentos relevantes e a periferia simplesmente SUMIU debaixo d'água.

Sempre que há uma campanha da prefeitura, falando que já asfaltaram não-sei-quantas-ruas, somos levemente enganados com a ilusão de que o asfalto resolve quase todos os problemas de um bairro, geralmente, periférico.
O asfalto na verdade é aquela camada preta e beeem visível aos olhos dos moradores, para que sirva sempre de prova de que a prefeitura está trabalhando por você.

O que a gente não vê, não tem como sertir falta.

Ou... o que os olhos não vêem o eleitor não sente.

Quem perceberia os graves problemas subterrâneos de Boa Vista?
Quem notaria a falta de tubulações mais largas e fundações melhor calculadas?
Quem perceberia que o dinheiro das licitações não foram aplicados adequadamente SE foram aplicados?

O que a gente não vê, a gente não sente.

Por isso veio São Pedro, voltando de sua longa licença, e mandou ver.
Quase um segundo Dilúvio.
Ruas desabando, casas de inundando, pessoas de barco passeando...



E esta é Boa Vista nesse instante: um Waterworld do Lavrado.




Dessa vez não teve surfista da Gávea como no Rio. Mas sufocos e gafes (daqueles que tentam explicar o fato como quem tenta explicar uma marca de batom na cueca).