segunda-feira, 29 de março de 2010

Nós

E eu, que não consigo me livrar desta melancolia constante, escrevo. Penso sobre coisas sem nexo e divago nas lembranças boas. Busco um contentamento eterno e penso no futuro. É nessas horas que acredito ser capaz de fazer tudo. Sou grande e tenho poderes especiais, não de super-homem. Mas, eles não ficam por muito tempo e se vão, se desgarram de mim... E se vão.

Do último inferno astral restou um gostinho de decepção, não mágoas. Entre oscilações dos meus superpoderes, busco ficar tranqüilo e constante. Tão inconstante que sou, tento dizer ao mundo como é a batida deste meu lado esquerdo. A lei que instituiria, se fosse algum deus, seria a obrigatoriedade de pelos menos seis dias na semana ter que ficar feliz. O outro dia poderia ser usado prá ficar reflexivo, ou até mesmo triste. Se a vida fosse feita só de alegrias seria chata demais.

Já não reclamo mais. Nem mesmo quando os meus dedos escorregadios deixam involuntariamente que se escape de mim tudo aquilo que está na lista do que realmente pode me deixar bem. Eu fico bem de tempos em tempos. São curtos espaços de tempo que fazem valer a pena tudo que construí e vivi até aqui.

A intensidade com que se entra e sai destes infernos astrais me assusta. Tanta coisa interessante que não aproveito e quantos sorrisos pro nada que não abro. Já parei de reclamar faz tempo, bem antes de descobrir que nessa caminhada não perdi muita coisa. Não se perde o que nunca se teve e a felicidade não é encontrada assim, ao acaso.

Por tudo que ainda há para enfrentar pela frente, já decidi que vou ficar bem nos próximos dias. Já decidi que mostrarei estes dentes mais vezes. Já decidi que vou ouvir minhas músicas preferidas. Já decidi ter pensamentos bons na maior parte do dia. Já decidi que a culpa não é minha nem de ninguém. E eu, que não consigo me livrar desta melancolia constante, tento pelo menos que ela me esqueça de vez em quando.

terça-feira, 9 de março de 2010

Ser jornalista sai barato!



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Tem coisas, que, definitivamente, o dinheiro não compra.


Por exemplo: passar 4 anos na faculdade, encarando todas as dificuldades da academia, as longas tardes de fome, calor, as deficiências do sistema de ensino das universidades federal... a falta de respeito no mercado de trabalho, a desvalorização do profissional da comunicação. Se eu tivesse tempo minha lista não pararia por aqui.


Porém, por menos de R$50, o dinheiro que você gasta facilmente em uma balada, um baile funk, um pancadão, um vale-night, um forrózinho, uma roda de samba no marreta, um cover + algumas heinekens no Antique... você pode ser jornalista!!


Atenção para o anúncio encontrado no Portal G1, página web pertencente às organizações Globo, que foi clara, em rede nacional, que concorda com a decisão do Supremo sobre o diploma de jornalismo no Brasil.



Não consigo dizer mais nada além de PUTA QUE PARIU!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Lei do barulho

Foi aprovado hoje, em sessão na Câmara Municipal, o projeto de lei que prevê o AUMENTO no limite máximo de decibéis emitidos por estabelecimentos comerciais.

Durante a sessão, a plenária esteve lotada por populares, e a grande maioria se mostrava A FAVOR da decisão! A votação ocorreu em clima TURBULENTO, no qual a cada manifestação contrária à aprovação por parte dos parlamentares, eram proferidas VAIAS e manifestações de desaprovação. 

A proposta é que se AMPLIE o limite a partir do qual é considerada poluição sonora pelos órgãos fiscalizadores de meio ambiente, de 60 para 70 decibéis das 6h às 22h e de 45 para 55 decibéis das 22h às 06h; além de propor o limite de 100 decibéis para carros de som em movimento, destinados à propaganda comercial, política ou desportiva. O limite passa para 85 decibéis para carros de som parados e automóveis sem fins comerciais.  


fonte: FolhaWEB, Boa Vista, Roraima



Imagine: um povo que faz vaia numa votação, já é um eleitorado tendente ao barulho. Se os "automóveis sem fins comerciais" já desrespeitavam a antiga lei dos decibéis, poluindo nossos ouvidos com estridentes forrós, pancadões de "deja vus", imagine agora. Sem contar os trios elétricos e suas paródias eleitorais a partir de músicas populares (forrós, pancadões e deja vus). Será o inferno na terra.

Deveria haver um Greenpeace dos decibéis. Um grupo radical que apoquente possíveis malfeitores do meio ambiente sonoro, destruindo suas caixas de som e sabotando seus carros. Ou quem sabe uma espécie de força armada revolucionária que seqüestre e torture no matagal esses que são os verdadeiros terroristas, só que da quietude, e estupradores de ouvidos.
Se bem que talvez, eu quem adoraria estar no matagal. Mas para curtir o silêncio.
Diante dessa nova lei, só digo uma coisa:

Agora durma com um barulho desses! 

terça-feira, 2 de março de 2010

Agora Conta uma novidade!

Mecias de Jesus anuncia apoio a Neudo Campos nas eleições 2010.


óoooooooooooooooooh, alguém se surpreendeu?

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